No canto do chão,
descansa o rapaz
a sonhar tempo bom
que não volta mais.
Aquele refrão
de tempos atrás.
Mudou a canção,
já não toca mais
Sem pranto no chão.
Descanse, rapaz.
Nada foi em vão,
não olhe pra trás.
Atolado nas ideias.
No canto do chão,
descansa o rapaz
a sonhar tempo bom
que não volta mais.
Aquele refrão
de tempos atrás.
Mudou a canção,
já não toca mais
Sem pranto no chão.
Descanse, rapaz.
Nada foi em vão,
não olhe pra trás.
Fui provocado por um ser iluminado a redigir um texto baseado na seguinte afirmação: EU COMI UM MIOJO.
Topei a brincadeira, e o resultado segue abaixo:
SURREAL
As araras estão armando um enorme barraco. O surrealismo entrou na minha cabeça. Dia estressante. Sou desrespeitado ou uma vítima? Era apenas um adesivo, ou um novo espetáculo da mente deturpada de um ser que age à surdina. Sou uma pessoa indireta. Se eu fosse um verbo transitivo, exigiria uma preposição. Mas a dor que me acometeu influiu em todas as minhas vísceras perpassadas e se manifestaram a mim através de uma palpitação no coração. Elas conseguiram derrubar uma imensa rama do coqueiro. Tal dor me dominou e passou, será que me dominará e também passará? Queria deixar de ser louco. Mais louco ainda é a minha mente, sigo tentando domá-la, segurá-la, mas até quando eu consigo? É estranho dizer A mente, quando, na verdade, se trata de um conjunto de fatores. A vergonha é um sentimento muito curioso. Caaaaaalaaaar, chegou. Quê vou passar hoje? Os dias estão passando e passando e me passando. Até quando eu vou aguentar este caminho? Para onde me leva? Sinto falta de ter 18,17,16,15,14,13,12,11,10,9,8,7,6,5,4,3,2,1,0 e -1 anos. Há momento em que sinto ter conhecido coisas e as vivenciado, mas quando vejo a fundo percebo que ocorreram antes mesmo do meu nascimento. Eu estou bem avoado. Tem uma que está solitária, será que ela perdeu o par? Ela? Ele? Como as araras teorizam o gênero? Ah, verdade, elas são livres. O meu eu-agora não combina muito bem com os anteriores. Ele se transformou em uma versão mais autoritária, persuasiva, com verborragias que se esvaem ao ar, um confortável abandonado. Sabe quando o abandonado, ninguém abandonou? É assim que vejo os acontecimentos recentes deste cara, deste com t mesmo pois ele está aqui. Mas eu também o amo. Busco me analisar e aprecio o taramelar das araras, acabei de pesquisar essa palavra. Minha mãe não sai do personagem mãe, como seria conhecer minha mãe sem ser mãe? Elas quietaram e estão comendo algo, não consigo enxergar direito o que é, a miopia me impede e parece que ela está piorando. Mas vejo, de uma forma surrealista. O surrealismo foi uma das vanguardas europeias e bla bla bla blow. 343 é um número interessante, antes deste período era a quantidade de palavras que havia, me disse o trabalho. Já pensei em estudar escrita criativa, mas a minha criatividade está limitadíssima. Eu amo dormir e tenho dificuldade de me expressar. Parece que quando me vejo nas situações de comunicação, as palavras somem, minhas pernas tremem e eu fico apenas coadjuvando o monólogo do outro. O que será que pensam as araras? Seriam elas livres do pensamento? Da ... poxa a palavra fugiu. Corrigindo. Da, não adianta, perdi o fio da meada e vou parar por aqui. Se quiserem um conselho, vos digo: Observem mais as araras, é um privilégio enorme ter esse poder.
Fumeiro
Queria parar de fumar
Mas não adianta
pois nos outros momentos
sob tantos lamentos
soma outros momentos
As jogando aos ventos
Fumaça há tanta
pra se acabar
Já quero é me fumar